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Comer, Rezar e Amar: a Diversidade da gastronomia italiana.

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Não é atoa que no romance Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert, que vendeu mais de 4 milhões de exemplares em todo o mundo, a personagem principal, Liz Gilbert (homônima à própria autora do livro), ao partir repentinamente para uma viagem em busca de auto conhecimento após sofrer uma reviravolta em sua vida, elege a Itália como seu primeiro destino.

Afora todos os aspectos históricos e estéticos tão valorizados por este velho país, a culinária italiana carrega toda a afetividade, o apreço à terra e a riqueza cultural características desta gente que considera comer um ato sagrado não só por ser indispensável à sobrevivência, mas também por trazer todos os dias uma oportunidade de reunir-se e celebrar a vida.

A gastronomia é, definitivamente, um patrimônio e um legado da cultura italiana para todo o mundo. A culinária italiana é uma das mais celebradas e reproduzidas ao redor do globo, com uma infinidade de receitas tradicionais que encantam pela simplicidade da natureza e origem dos ingredientes típicos e regionais utilizados, e a riqueza de sabores, texturas e aromas apreciados pela grande maioria da humanidade.

Sem dúvida, uma das principais influências da culinária italiana, mais precisamente do sul da Itália, é de origem árabe, herança da ocupação Moura durante as Cruzadas, no século IX. O intercâmbio introduziu ingredientes como o açúcar, o arroz, a canela, o açafrão, a berinjela e os doces de marzipã, além das técnicas de produção de frutas secas, como os figos e as uvas passas.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”678″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A origem espanhola também evidencia sua marca na região sul do país, a partir de 1600, principalmente com produtos originários da América como o tomate, a batata, o feijão, o milho, o cacau, o rum e o café, por exemplo.

No norte da Itália, em regiões mais próximas à França e Suíça, a utilização de pratos com produtos derivados do leite, como manteiga e creme de leite, deriva da expansão do Império Francês de Napoleão Bonaparte. É francesa também a responsabilidade por ensinar técnicas mais elaboradas de apresentação dos pratos, trazendo um visual mais refinado à culinária desta região e reverberando a tendência em toda a Itália

A partir de 1900, com a imigração dos italianos para a América (principalmente Nova York, Buenos Aires e São Paulo), a Itália exportou sua culinária, principalmente da região de Nápolis, tornando assim a pizza e o famoso “spaghetti al sugo” dois dos pratos mais populares e apreciados em todo o mundo.

A riqueza da cozinha italiana está justamente em suas variações e influências regionais, que a tornam tão plural e típica em cada um dos cantos deste pequeno país. Além das diferenças gastronômicas entre o sul e o norte, por exemplo, dentro da mesma região encontra-se em várias cidades, até mesmo próximas, diferenças históricas, geográficas e climáticas que determinam seus costumes e variações na culinária, dependendo do tipo de preparo, produtos e ingredientes tipicamente regionais.

Resumidamente, na gastronomia do norte da Itália predominam produtos de influência francesa, austríaca e húngara, com o emprego de muitos produtos derivados do leite, enquanto que no sul, predominam os de influência árabe e espanhola, com o uso de muito molho de tomate, pouca carne bovina e muita carne de coelho, ovina, caprina e suína. Nos bosques e montanhas predominam os famosos “funghi” e muita caça.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”679″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Em tempo, uma cozinha regional que merece destaque no cenário gastronômico italiano é a Mediterrânea. Típica da região litorânea localizada principalmente na parte meridional e nas ilhas da Sicília e Sardenha, utiliza em seus preparos diversos tipos de peixe, com destaque para o atum e o peixe “spada”, além de muitos frutos do mar e bacalhau. A dieta mediterrânea é reconhecida mundialmente como uma das mais saudáveis, e responsável pela longevidade dos habitantes destas regiões (além do fator genético) por ser rica em ômega 3 (anti-oxidante que protege as artérias do coração e combate a velhice), além de carboidratos de origem cereal, frutas, verduras, peixes, pouca carne e muito óleo de oliva.

Vale lembrar que salames, queijos e vinhos de primeira linha complementam a riquíssima cozinha tipicamente regional em todas as partes da Itália.

Com tantas nuances e influências, a conclusão é que, para conhecer a riqueza da gastronomia italiana é preciso se passar um bom tempo, como fez a personagem do romance citado no título desta matéria, Liz, visitando as diversas regiões do país e provando sua vasta variedade de combinações, ingredientes e sabores, todos eles irresistíveis! Que desafio encantador!

Ci Vediamo, Buon Appetito e Salute!

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