[vc_row][vc_column][vc_column_text]Muita gente tem o prosaico, porém valioso costume de encerrar o ano fazendo um balanço do que realizou e deixou de realizar no ano que se despede, e tomando nota de uma lista de metas e planos para obter sucesso no ano que se inicia: são as famosas resoluções de ano novo. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]O que poucos se dão conta é que até o ato de escrever se tornar corriqueiro houve uma história de séculos de evolução, desde o surgimento da comunicação não verbal, quando a humanidade começou a adotar o uso de pictogramas para se comunicar, até a formalização das regras de ortografia e da estética das letras nos mais diversos idiomas. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Um passo à frente da simples escrita, a caligrafia se desenvolveu nas culturas tradicionais como uma arte autônoma, com expressão estética de alto nível de sofisticação. E o berço desta milenar arte está no oriente. A caligrafia Chinesa, que remonta a vários séculos antes de Cristo e é reverenciada até hoje como expressão artística de máxima importância foi o primeiro sistema nestes moldes. Sua importância influenciou a Coreia e atravessou o mar, se espelhando no Japão, ambos países asiáticos onde a caligrafia é reverenciada e estimada como personagem central na cultura. Graficamente, a caligrafia é comparada à pintura em sua habilidade para evocar emoção através de uma rica variedade de formas e desenhos, e foneticamente à arte abstrata, exibindo o rítmico e harmonioso fluxo da música.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Outra cultura na qual a arte da caligrafia tem grande destaque é a árabe, que a utilizou por séculos para transmitir as mensagens do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos. Como todo tipo de representação realista era proibida, grande parte do impulso criativo plástico do povo muçulmano foi focado no desenvolvimento da sua caligrafia. Na antiga Pérsia (atual Irã), a caligrafia remonta à era pré-islâmica. E, após, a conquista árabe e conversão do país ao Islão, desenvolveu estilos próprios de caligrafia, independentes da caligrafia árabe. Os persas também são grandes calígrafos e usam a caligrafia para escrever clássicos da sua literatura, uma das mais ricas da humanidade. E apesar da riqueza de sua elaboração artística, qualquer cidadão comum aprende e decora trechos inteiros da poesia persa.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]No Ocidente, a caligrafia medieval se sobressai, com a grandeza de suas iluminuras – letras iniciais de um livro, de um capítulo ou de um parágrafo, e em alguns casos, chegam a ocupar várias linhas do texto. As iluminuras serviam para decorar os manuscritos produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média. Sua elaboração era um ofício refinado e importante no contexto da arte Medieval. Outro destaque é o Livro de Horas medieval, que mesclava as iluminuras, caligrafia e pintura. Para quem não sabe, o livro de horas ou livro missal é um livro devocional, criado por fiéis religiosos no final da Idade Média. Em geral, continha o calendário das festas e dos santos, as Horas da Virgem, da Cruz, do Espírito Santo e dos mortos (Liturgia das Horas), além das orações comuns e salmos penitenciais.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Em poucas linhas, este é um breve resumo da história da arte da Caligrafia nas Civilizações. Agora, da próxima vez que for escrever um bilhetinho ou uma lista de compras que seja, lembre-se dos séculos de cultura e evolução que este simples gesto carrega.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]